Luciano Veloso

LUCIANO VELOSO, A MARAVILHA DO ARRUDA
Meu nome também é uma homenagem a ele. Erb Luciano

Um dos maiores jogadores que já passaram pelas fileiras do Santa Cruz, Luciano Jorge Veloso nasceu na cidade de Pesqueira, no sertão pernambucano, no dia 13 de setembro de 1948.
Segundo o pesquisador Marcos Velloso, no blog Os grandes ídolos do Santa Cruz, Luciano foi o segundo maior artilheiro da história do clube coral, marcando 174 gols em 409 jogos disputados, além de ser o quarto maior goleador em campeonatos pernambucanos, com 110, tentos marcados, dos quais 83 foram feitos com a camisa do Mais Querido de Pernambuco, situando-se atrás apenas de Baiano, Tará e Fernando Carvalheira.
Iniciou a sua carreira futebolística em 1965, no Clube de Regatas Brasil, de Maceió. No Santa Cruz, permaneceu por dez anos, de 1965 a 1975, defendendo ainda o Sport (1975-76), o Corinthias (1977-78), Juventus (1979-80), Portuguesa (1980-81), Náutico (1981-82) e Central (1982), onde encerrou a sua gloriosa carreira.


Como jogador, foi pentacampeão pernambucano (1969-73) pelo Santa Cruz, além de ter sido ainda campeão pernambucano pelo Sport, em 1975, e campeão paulista pelo Corinthias, em 1977.


Consta que Luciano, ao chegar aos juniores do Mais Querido, tinha o apelido de Dodô. Acontece que no time já havia outro Dodô, que atuava como goleiro. Para evitar confusão com os nomes, foi sugerido por um dos diretores que os jogadores passassem a ser chamados pelos nomes de batismo, surgindo assim Luciano e Naércio, dois ídolos do time coral.
Por suas qualidades técnicas, o craque logo ascenderia ao time principal. Sua ascensão coincidiu com a política adotada pelo Santa Cruz, na época sob o comando do presidente James Thorp, de formar uma equipe com jogadores prata-da-casa e oriundos da própria região nordestina, evitando os jogadores caros vindos do eixo Rio-São Paulo. A estratégia deu certo, levando o tricolor do Arruda a conquista do pentacampeonato estadual, nos anos de 1969 a 1973.

Embora sendo pernambucano, Luciano começou no CRB alagoano, aos 17 anos, levado pelo irmão Paulo Veloso, centroavante que também jogou no Santa Cruz no período do pentacampeonato. Chegou ao Santa Cruz pelas mãos do técnico Batista, depois de atuar num jogo contra o clube pernambucano, onde mesmo perdendo por 3×2, fez uma grande partida, marcando os dois gols do time da Terra dos Marechais.
Com sua categoria e seu chute forte, Luciano foi uma peça fundamental na conquista do mais importante título estadual do tricolor do Arruda. Na campanha do pentacampeonato, balançou as redes 69 vezes, tornando-se, ao lado do atacante Fernando Santana, o maior goleador desse período. Foi também o jogador que mais vezes vestiu a camisa coral durante a campanha do penta, participando de 126 jogos dos 131 realizados, com a inacreditável marca de haver atuado em 96% das partidas. Vale salientar, ainda, que em 1969, ao ganhar o primeiro campeonato do título inédito, o Santa Cruz amargava um jejum de 10 anos.
Os anos de 1969 e 1970 foram tão marcantes na carreira de Luciano Veloso, que o meio-campista teve o seu nome incluído na lista dos 40 jogadores pré-selecionados para a Copa do Mundo de 1970.
A sua eficiência e categoria, porém, não se limitou apenas aos campeonatos pernambucanos disputados com brilhantismo. No

Campeonato Brasileiro de 1973, terminou entre os principais craques do concurso Bola de Prata, instituída pela revista Placar, ao lado de jogadores como Forlan, Ademir da Guia e Fito Neves, que, na época, atuava pelo Bahia. Jogando os Brasileirões de 1971 a 1974, pelo Santa Cruz, Luciano marcou 34 gols em 96 jogos disputados, uma marca considerável para quem atuava no meio de campo.
Por tudo isso, ganhou com merecimento a patente de Maravilha do Arruda.

conteudo de:

Clóvis Campêlo    blog: http://cloviscampelo.blogspot.com/2010/08/luciano-veloso-maravilha-do-arruda.html

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